quinta-feira, 29 de julho de 2010

Ah Vida!

    Meio desiludido e desapontado, estava em sua cama, a olhar para o teto, divagava ele em pensamentos, quando se pegou no seguinte questionamento, por que a vida é tão complicada? E continuou a pensar...
   “Vida, por vezes ela se torna um fardo, outras, não passa de uma grande comédia. Por que dessa variabilidade contínua de estados? Uma coisa eu sei, amanhã é possível que nada do que eu esteja sentindo agora, faça sentido, mas, não devo me preocupar com isso, pois, o que importa é o que estou sentindo agora, afinal querendo ou não, o amanhã depende do meu presente. Se assim for, amanhã será um belo dia, com boas sensações e com seu lado negro de sempre, coisas que nos perturbam, que só podemos evitar algumas vezes. Mas não vou ficar pensando nas coisas que não me agradam, vou me concentrar apenas no que me edifica e me fazem bem, as artes, a ciência, os pensamentos livres e bem construídos, talvez sejam um bom começo. Obviamente vou nessa direção, desviando-me das ilusões e cultivando apenas o que torna minha existência plena, pois quero mesmo é ser feliz, da forma mais sensata e significativa possível.”

terça-feira, 27 de julho de 2010

Apaixonado pelo céu








Acho que para cada pessoa existe algo que a fascina mais do que tudo em sua vida. Se não o é, pelo menos pra mim isso é verdade. Parei para pensar sobre isso essa semana, pois aconteceu algo simples mais extraordinário comigo. No campus da UFRN em Natal estava ocorrendo a 62º Reunião Anual da SBPC (Semana Brasileira para o Progresso da Ciência), eu estava participando como monitor no evento e em um momento de folga fui visitar o parque da ciência. Lá estava muito animado, crianças pra lá e pra cá, atrações muito legais. Foi então que eu o vi, e fui logo à sua direção. Eu só tinha entrado num daqueles quando tinha sete anos, mas aquilo deixou marcas, marcas que eu só vim entender naquele momento que existiam. Fiquei eufórico, me dirigi rapidamente à entrada mas fui barrado. Tinham realizado a última visita há poucos minutos, já iam fechar, então comecei a argumentar de todas as formas, falei o que estava sentindo. O cara foi linha dura, mas insisti tanto que me deixou entrar. Um planetário inflável. Um tipo de barraca inflável com luzes no teto. Algo bastante simples, impressões bastante fortes. Fiquei lá um bom tempo, na verdade, ate ser "convidado a se retirar". Lá dentro consegui reviver por alguns instantes aquele dia de quando tinha sete anos. Sensação maravilhosa, eu pequenino deitado no chão visualizando todas aquelas constelações, estrelas. Pronto, foi ai que começou, e só fez crescer mais esse fascínio. Lembro-me muito bem de quando tinha dez anos e numa noite de lua nova, Orion se erguia imponente acima do zênite. Escalei o pé de eucalipto, alcancei as telhas da minha casa e fui me arrastando ate a caixa d'agua. Lá era perfeito, parecia ter sido projetada para mim. Passei a noite a observar as estrelas, foi mágico. Apartir daquele dia, ali se tornou um lugar especial para mim, era minha fortaleza da solidão. As pessoas não costumam olhar para o alto e assim nunca notavam minha indiferente presença. Ate hoje subo lá, apesar de estar ficando cada vez mais difícil, pois já fazem oito anos, cresci um bocado.

*    *     *


Estudei três anos em um internato na Bahia e foram três anos maravilhosos aqueles. Muita brothesia, aventuras, amores, resenhas, idéias. Dentro do residencial onde morávamos tinha um campinho, palmeiras titânicas e um gramadinho, lembro-me de quando comprei um binóculo de observação astronômica e sempre nos fins de semana deitava-me na grama e ficava a observar o céu. Sempre apareciam os brothers. Eram madrugadas regadas a muita resenha, violão, idéias. Deixávamos a imaginação rolar, os pensamentos livres, deixávamos o universo nos absorver.

Esse com certeza é meu maior fascínio. Dizem que fascínio é sinal de estar apaixonado, se isso é verdade posso dizer que sou apaixonado pelo céu.     



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Conforto Incomodo


Um jeito dócil cobria-lhe a face, tão inocente e ao mesmo tempo ofensiva que, não sei se ataco ou me defendo dela, na dúvida, á acolhi em meus sonhos. Seu carinho por mim é um tanto quanto estranho, na verdade é uma mistura de não sei o quê com qualquer coisa, que me deixa perturbado, mas, adoro esse jogo inquietante que na sua essência é desvantajoso para min.

As vezes, tenho algumas alucinações, fantasias, logo em seguida percebo que você não está pronta para mim; será que também estou pronto? Essa dúvida é terrível, concomitantemente, sou tentado á continuar no conforto que tal dúvida me concede, pois, sou conhecedor dos riscos que estão presentes em te.

É interessante notar que mesmo distante geograficamente, nos momentos mais solitários e de desespero, em que não consigo enxergar a motivo da minha existência inútil, ela vem me socorrer com suas mensagens que, por mais singelas que sejam, tem o poder de erguer meu espírito decaído. Então, volto a questionar suas intenções quanto a mim, várias idéias sobre sua possível presença em minha vida embaraçam meus conceitos; porém, de súbito me vem um reflexo da razão, acordo do sono angelical e descubro que, tu és o “alívio imediato” que tanto preciso, “nas noites mais solitárias”.

Sem pressa de chegar ao limite desse afeto, deixo os fantasmas das almas revoltadas contra o amor, invadirem minhas gavetas do pensamento, procurando nos arquivos mortos, provas dos meus devaneios, frustrados não as encontram, esqueceram que fiz questão de queimá-las, porém, não exclui as imagens que gravei na minha memória fotográfica. Lembranças, que agora me servem de alertas, estou alertado para as eventualidades dessa viajem, que são os sentimentos; sem contar que, como citei antes, “sou conhecedor dos riscos que estão presentes em te”, e não será mais preciso encenar a mesma peça, apenas mudando os atores, seria muita imprudência da minha parte, expor meu peito as loucuras desse autor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pink Floyd - Wish you were here

Caminhos do Intelecto 1



A busca pelo conhecimento é algo difícil, porém, prazeroso. Ela não é complicada por si mesma, mas, existem pessoas, que infelizmente não se dão ao intelecto e desvalorizam o esforço daqueles que se dedicam ao mesmo. Em tais pessoas, é notável a falta de habilidades inteligentes, talvez ocasionada por condições precárias de educação, se é que teve acesso à mesma, de forma plena. Esse é um retrato real, de pessoas sem perspectiva alguma de vida, tão pouco ambições intelectuais.
A principal causa disso, já citada, é a falta de suporte educacional de qualidade. Onde é construído o saber, o futuro de todas as pessoas; o ambiente escolar tem que ser repleto de atividades educativas e que seja acessível á todos. Com tais oportunidades e disposições, podemos construir um grande legado de pessoas inteligentes, conscientes do seu papel na sociedade e com uma visão cosmológica do mundo. Então, surgirão grandes nomes, que revolucionarão o mundo, através das suas conquistas científicas, como muitos de outras épocas fizeram, graças, não só aos seus esforços, mas também as bases educacionais que tiveram.
Hoje sonhamos com uma sociedade melhor, não só em suas relações, mas também, repleta de sabedoria e maturidade, “com gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim do que não” (Lulu Santos, tempos modernos). Se de fato houver mudanças na forma do ensino da educação, viveremos o sonho.