terça-feira, 17 de julho de 2012

Letra da Musica "A Beira do Abismo" da Aforismo

                      É quando aos vinte anos
                      Você percebe que morreu
                      E o que você vive
                     São restos de um velho eu.
                     
                      Agora você chora
                      Você não entende
                      Você acreditava
                      Que era o mesmo.
                     
                      Eu estou no limite
                      A beira do abismo
                      Será o meu fim
                      Ou só um delírio
                   
                     Sua vida era um sonho
                     Agora tudo mudou
                     O pesadelo da realidade
                     Te despertou ...




        Autor : Guilherme Ávila

domingo, 24 de abril de 2011

Highlander - 25 Anos de um Clássico

Ao fundo de um dos mais belos épicos do cinema, Fredy Mercury entoava majestosamente, “Who wants to live forever?” consagrando este filme que fala de um dos maiores desejos do homem, a imortalidade. Highlander, filme de 1986 tendo a participação de Sean Conery e Christopher Lambert no papel principal conta a história de Connor Mcleod, guerreiro que descobre ser um imortal no ano de 1536 quando numa batalha nos “highlands” escoceses, outro imortal Kurgan tenta decepar sua cabeça (na historia a única forma de se matar um imortal é decepando lhe a cabeça extraindo assim todo o seu poder). Após ser mortalmente ferido Mcleod recebe a sagrada unção, mas não morre, em decorrência disso é apedrejado e expulso pelos de sua própria aldeia, acusado de ter parte com lucífer. Parte para distantes terras onde encontra o consolo de Heather (“I don’t want to die... I want stay with you... forever...” suas ultimas palavras antes e morrer nos braços de seu marido eternamente jovem) e a amizade e o treinamento de Ramírez (Sean Conery) outro imortal. A historia segue com sua jornada por entre os séculos lutando contra os de sua raça ate haver apenas um para receber o premio. Uma obra que revela a fundo o desejo incontido expresso de uma forma magistral afinal, Quem não quer viver para sempre?

sexta-feira, 18 de março de 2011

Um ícone do surf music - Jack johnson

 Jack Johnson é um musico do Hawaii, surfista e cineasta. Começou sua carreira gravando videos de surf, logo após ficar um bom tempo parado sem surfar, começou a dedicar-se a musica e continua até hoje ...


terça-feira, 15 de março de 2011

Uma dica de fanático - Escute Pink floyd

   Pink Floyd foi uma banda de rock britânica do século XX famosa pelas suas composições de rock clássico harmónico, pelo seu estilo progressivo e pelos espectáculos ao vivo extremamente elaborados. A origem do nome "Pink Floyd" deve-se à admiração do fundador Syd Barrett pela arte dos músicos Pink Anderson eFloyd Council, do blues.
    ( É claro que eu tirei da wikipédia ) 
   Agora vou falar do que eu sei e do que penso sobre a banda.
   Com seu som psicodélico, a pink floyd é sem dúvidas uma das bandas com as musicas mais profundas , em termos de conteúdo e também de arranjos musicais, sem falar do espetáculo de luzes que é o show da banda.
  Suas musicas são para mim, uma fonte inesgotável de reflexão e de altas viagens, tanto pelo som, como pelas letras que, para quem adentra no sentido que elas direcionam, se torna uma viagem extremamente psicodélica. Uma das canções que eu gosto é TIME, do albúm  The dark side of the moon, ela toca na questão do tempo e como aproveitamos ele, se disperdiçamos sem aproveitarmos para correr atrás dos nossos ideais ou, se nos acomodamos com a forma padrão  de se viver na sociedade, uma vez que o tempo nunca para, sempre estamos em desvantagem, ou seja, estamos sempre correndo contra o tempo, logo, cada vez que deixamos de fazer algo num determinado momento, é muito difícil de se ter outra oportunidade.
 A banda trabalhou vários albúns conceituais, como o The Wall e o The dark side of the moon, sendo que este último se deteve nas questões que aflingem todo ser humano, como a solidão, o dinheiro, o tempo, a loucura, sem dúvidas um dos melhores albúns da banda.
   A pink floyd tem muito mais curiosidades que em breve postarei aqui no nosso blog ...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Viver a vida e não apenas passar por ela

  Na vida só temos duas opções, viver cada instante feliz, ou esperar a morte morto. Aproveitar a natureza, apreciar cada momento feliz que temos com nossos amigos e fazendo as coisas que gostamos, é o que torna a vida doce de viver. Não viva em função do dinheiro, ou das obrigações que vão ficar mesmo que você se vá, pois as alegrias se vão, a menos que você as segure. " Viva para ser feliz e não viva em vão.." Charlie Brown jr

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O tempo é sábio

  Nós somos seres que dependemos muito do outro para vivermos bem, em sociedade. Temos emoções, afeto pelas pessoas, mas nunca sabemos até que ponto podemos esperar delas. Ninguém é perfeito e a maioria das pessoas não são sensíveis, para perceber o outro em suas necessidades. Por isso acredito que devemos ser mais tolerantes uns com os outros, fazendo com que a sensibilidade seja cultuada primeiramente em nós. E se quiser saber em quem confiar, confie nos que sabem o momento certo, oportuno, para te ajudar, pois as parcerias fortes, se mostram nas atitudes certas; e como diz um trecho da musica "Puro sangue" da banda Charlie Brown Jr. " o tempo é sábio, o tempo é ouro, o tempo é rei! no dia a dia onde se prova quem é quem!".
  
  

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Liberte-se da Máquina

      Todos os dias você cumpre os seus deveres, passa toda uma vida, a juventude cumprindo horários em pró de objetivos; um certificado acadêmico, uma vida normal e civilizada, uma vaga no céu. Essas são metas que a maioria das pessoas buscam todos os dias. Mas, você nunca parou para se perguntar se isso é o que você quer  realmente para sua vida, ou melhor, se é nessa busca frenética que você quer viver, afinal, tudo que fazemos no presente momento é o que estamos vivendo, inclusive o fato de eu estar digitando este texto e você o estar lendo.
      A vida é um fenômeno que ocorre expontaneamente, e nós, resultado dessa loteria, chegamos a ela achando que há um mister para nossa breve existência, sendo que o único mister é viver, mas viver da forma que mais nos faz feliz. Nos preocupamos se estamos agradando os outros com nossas ações e nunca pensamos se realmente estamos fazendo o que nos torna plenos. O desejo por status, honrarias, posições que dependem mais dos outros do que de nós mesmos, essas coisas nada valem, uma vez que estão sujeitas a aprovação dos outros. O que realmente devemos procurar possuir é a plenitude em nós mesmos, algo que ninguém pode desfazer, pois só cabe a você mesmo julgar o valor de tais coisas..
       Infelizmente, se libertar do determinismo que a sociedade impõe, é uma tarefa dura, raízes consumistas, vida industrial, são coisas que parecem estar no DNA das pessoas, mas que na verdade, nenhum de nós temos por natureza e nem queremos ter. Hoje faça o que realmente te importa, e não tente enganar a você mesmo, fingindo acreditar que essas coisas da world machine, são sua vida, incline-se e veja a luz da maior liberdade que existe, a liberdade da mente,  ilumine seu dia, sua existência; respire pela primeira vez ar puro, capaz de te elevar para além das nuvens, tal como uma águia livre, liberte sua mente.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ensaio Sobre a Loucura

  Muitas vezes, as pessoas julgam o comportamento de certos indivíduos como insano, ou irracional. Isso porque, de certa forma ele está fora do seu padrão de conduta (imposto pelo meio social), tanto na prática cotidiana como também, ao que diz respeito a pontos de vista. Sabe-se que, algumas doenças neurológicas, são capazes de alterar a conduta de quem sofre delas. Porém, há outros fatores que causam mudança de comportamento, como o entusiasmo e inspirações artístico-intelectuais.
   Por vezes, quando alguém se detém, ou de dedica a um problema filosófico, por exemplo, (pode ser uma obra de arte, das mais diversas), ao se aprofundar em seus raciocínios, como meio de se chegar a uma solução, ele acaba por se desligar das questões mais triviais que o cerca, pois ele está a vislumbrar algo distinto e abstrato, em certa medida. Em outras circunstâncias, podemos caracterizar essas alternâncias comportamentais, como momentos de devaneio, quem sabe um lirismo, enfim, situações que diferem de causas clínicas. Mas, a questão que me vêm à mente é: qual o limiar da loucura e da lucidez? Ora, se em momentos de inspiração, pode surgir como fruto, coisas geniais. Será que realmente a loucura é a ausência de razão, ou o acesso a outro tipo?
  Seguindo esse pensamento, poderíamos deduzir que, o homem que, movido pelas aspirações artístico-intelectuais, entram em contato com idéias que não estão ao alcance do senso comum, pelo menos a princípio. A partir delas, surgem e já surgiram várias obras e pensamentos que mudaram o mundo, assim como a ideologia marxista, que através de Karl Marx, homem criticado por muitos, por defender seus ideais não era compreendido e respeitado por outros, mas que deixou influenciou muito o mundo. Outro ponto interessante no que diz respeito à criatividade, que quando exercida de forma livre, dá ao homem a liberdade de produzir sua própria obra de vida, como que ele se assumisse a condição de artesão e obra de arte ao mesmo tempo. A partir dessa perspectiva, podemos acrescentar também, a questão do existencialismo, onde fica clara a posição do homem enquanto ser vivente, como um ser livre e como o único responsável por dar sentido a sua existência. Sartre, o grande filósofo existencialista, assim coloca em sua conferência ‘O existencialismo é um humanismo’: “O homem nada mais é do que aquilo que ele faz de si mesmo: é esse o primeiro princípio do existencialismo” (Jean- Paul Sartre, 1946).
   Portanto, o homem que nega sua condição de Ser livre, passa a ter uma vida guiada por outros, que vão impor sobre ele uma forma de comportamento e até mesmo de pensar, onde não haverá o mínimo de liberdade. Isso pode acontecer em meios fabris, institucionais e até pela mídia. Fica claro também que, o indivíduo ao deixar de projetar sua própria vida, ele está passível de qualquer forma de poder, não tendo consciência nem autonomia, concomitantemente, sem exercer de fato a razão. Ciente dessas questões é forçoso concluir que, o louco, no sentido que tratamos, é todo aquele que busca por si mesmo, fazer da sua existência algo significativo, dando vazão a suas aspirações, tornando-se autentico e singular.


                                                             Emanuel Guilherme Nunes de Ávila. 
  

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O Prazer de Sua Companhia


Estava a caminho de casa quando pensava qual seria o próximo tema sobre o qual iria escrever. Tentei esvaziar minha mente de todos esses estresses e bobagens do dia a dia, e como que naturalmente comecei a pensar num monte de coisas que me aconteceram de legal nesses anos. Escolhas, momentos, atitudes, e vi que em muitos deles ele estava presente, amigo, me influenciando de uma forma ou de outra. Lembro muito bem que desde pivete, sempre fui fascinado por matemática, astronomia e pela ciência de um modo geral, mas não tinha perspectiva clara quanto a ser um cientista.Em meio a passagem do fundamental pro médio e tantas dúvidas numa cabeça juvenil, fomos apresentados, e nosso encontro, pode-se dizer assim, foi um tanto inusitado. Minha família havia viajado e fiquei sozinho em casa. A viajem duraria uma semana, e ate ai tudo certo, o problema foi que um dia depois de eles saírem descobri que estava com catapora, foi a semana mais sofrida da minha vida, cheguei a ficar com 40° C de febre, coceiras por todo o corpo e alimentando-se a base de bolacha e macarrão instantâneo. Foi no meio desse vendaval todo que conheci Carl Sagan.
Meu tio e grande amigo, Hélio, veio me visitar e me fez dois grandes favores, primeiro me levar para o hospital, e segundo me emprestar os DVDs da série científica Cosmos, de Sagan. Aquela semana foi nosso primeiro contato, mas me ajudou a responder a muitas das minhas dúvidas juvenis, e fiz a melhor escolha que podia. - Serei astrônomo – Disse para mim mesmo. Ora, isso é maravilhoso, descobrir o universo e ainda ser pago para isso.
Desde esse primeiro contato tenho em Sagan um grande amigo. Sua paixão pela ciência, forte crença na humanidade e seu belo modo de enxergar a vida me são comuns. Claro, temos nossos pontos de discrepância, mas isso é nada diante da nossa visão apaixonada da vida. Sagan já se foi, mas o que pode haver de mais eterno em um homem permanece, suas ideias. Seja através de seus livros, artigos, palestras ou programas, Carl Sagan, é muito bom ter o prazer da sua companhia.


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Via Láctea: Um espetáculo na Austrália

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O Bruxo de Siracusa

            – Tio Ray conta uma história pra eu ir dormir.
Ray se virou e acendeu a luz do quarto. – Claro Carl – sua voz tinha um timbre imponente e ao mesmo tempo suave – Que tipo de história você quer ouvir? – o menino respondeu como se estivesse esperando a pergunta – Sobre magia tio Ray. O senhor sabe a história de Hally Gotter, o menino bruxo? Ray o fitou por algum tempo e respondeu finalmente. – Então você quer ouvir sobre magia não é Carl? – a pergunta parecia uma apreensão. – Não tio Ray sabe o que é, é que meus amigos, eles falam muitas histórias de Hally Gotter, dos filmes que eles assistiram. – Não, tudo bem Carl, não a nada de errado com Hally Gotter, é uma boa história, mas vou te contar algo que seus amigos não sabem – ele sussurrou – Uma história de magia verdadeira.
 – Todo mundo sabe que magia não existe tio Ray – respondeu com uma risada. – Não Carl, eu vou falar pra você da verdadeira magia, não a de Hally Gotter, Hally Gotter é historinha pra boi dormir – deu uma pausa – Vou falar pra você da história de um bruxo de verdade. O bruxo de Siracusa. Você quer ouvir a história? – Quero! – respondeu rapidamente. Ray sentou-se ao seu lado, e com os olhos fechados inspirou como se o ar lhe trouxe-se a história. – Então vamos começar...
 Existiu há muito tempo atrás, num lugar bem distante daqui uma cidade chamada Siracusa. Naquela época, não existia armas de fogo, as batalhas eram travadas com espadas, arcos, lanças e coisas desse tipo. Ela ficava de frente para o mar mediterrâneo, e como a maioria das cidades da época, era super fortificada. Muitas da batalhas que ocorriam naquele tempo eram decididas no mar. Naquele tempo não havia avião nem nada parecido, e o mar era o meio de transporte mais rápido em se tratando de guerras. Siracusa também fora projetada pra esperar por tudo isso.
Siracusa era uma das pouquíssimas cidades que vivia em liberdade, quase todas as outras haviam sido conquistadas por Roma. As tropas e fragatas romanas eram o que havia de maior e melhor naquele tempo. Porem nunca conseguiam vencer Siracusa. De um ponto de vista geral, ela não tinha nada a mais que outra cidade de sua época. Uma localização favorecida? Não, na verdade estar perto do mar trazia tantos benefícios como pontos fracos. Ficava muito vulnerável ao sitiamento por exemplo. Mas a cidade tinha um homem. Seu nome fazia os romanos se benzerem de medo. Ele era o bruxo de Siracusa.
Como eu disse, ela não tinha nada de especial como cidade, mas tinha um homem, o bruxo. Seus conhecimentos sobre magia, a verdadeira magia, faziam toda a diferença. Certa vez varias fragatas romanas vieram atacar Siracusa, foi então que o bruxo fez com que as velas das fragatas romanas pegassem fogo, sem sair da cidade, só usando a verdadeira magia, o conhecimento. O que aconteceu foi que ele usou o principio de reflexão do espelho e usou o calor do sol para incendiar as velas romanas. Os romanos, claro, sem entender coisíssima nenhuma, ficaram temerosos, buscavam respostas nas suas crendices e superstições, criaram-se então mitos e lendas sobre o bruxo, enquanto este usou apenas a verdadeira magia, o conhecimento.
– Então quer dizer que os romanos desistiram? – perguntou num tom cadenciado. – Não, os romanos não teriam dominado o mundo antigo se desistissem assim facilmente. Mas sempre que vinham para um combate, o bruxo tinha um de seus truques preparados para eles, e vez por outra foram derrotados, ate que...
– Mas esse bruxo não tinha nome não? – Perguntou com um olhar de desconfiança.
– Sim tinha. Seu nome era Arquimedes. Arquimedes de Siracusa.
– Há. Já ouvi este nome.
– Provavelmente. Arquimedes foi um grande mestre da magia matemática, e da engenharia. Suas descobertas e idéias são usadas amplamente ate hoje. É dele a frase “Dê-me uma alavanca e moverei o mundo” – falou com uma voz comicamente grossa e deu uma gargalhada.
– E ai gostou da história?
– E já acabou. O que aconteceu depois. Não me vem com viveram felizes para sempre.
– É você ta certo. Eu tava te poupando do final, que seria cômico se não fosse trágico...
Siracusa resistiu por muito tempo, viveu em liberdade por muitos anos. Mas nada dura para sempre. Não se sabe ao certo, mas estudiosos acham ter existido um traidor que informou alguns pontos fracos da cidade. Roma montou cerco e quando a fome apertou e eles não tinham mais o que fazer, se entregaram. É nesse final que entra a parte cômica e ao mesmo tempo trágica da historia. O comandante das tropas romanas deu ordens explicitas para encontrar Arquimedes e trazê-lo vivo, pois via o poder do conhecimento deste homem. Arquimedes, já sexagenário estava na praia fazendo uns círculos na areia. Um soldado romano sem saber que se dirigia ao grande bruxo, pediu para que ele o reverenciasse. Arquimedes estava tão absorto em seus pensamentos que nem notou a presença do soldado. Ele bruto como era, decapitou Arquimedes ali mesmo.
Existe ate uma mulher que se interessou pela magia ao ouvir a história da morte de Arquimedes. Ela ficou se perguntando: Como algo é tão fascinante aponto de deixar um homem absorto a este ponto?! Mas esta história fica pra outra noite, se assim você desejar.
– Claro que sim tio Ray.
– Então vá dormir que já esta tarde. Boa noite e procure aprender a verdadeira magia.
– Ta certo tio. Boa noite.
Fechou a porta e foi para a sala assistir TV. Sua mulher estava sentada como se o estivesse esperando.
– Conversaram bastante em amor. – sua mulher perguntou num ar de curiosa.
– Querida você nem imagina. Esse menino ainda vai ser um grande bruxo! – falou orgulhoso.
Ficou sem entender nada.

A Ambrosia dos Homens

Nos mais altos céus eles festejavam, vez ou outra se metiam entre os humanos, interferindo com seus poderes no destino dos povos, os manipulando, dissuadindo, seduzindo. Eles eram os olimpianos, as forças do cosmo personificadas. Ao contrario dos homens que bebiam e comiam da morte, se alimentavam do néctar da imortalidade, a Ambrosia, tão cobiçada pelos humanos. Hoje os olimpianos não passam de mito, mas o desejo pela Ambrosia continua bem vivo.
Todos os dias milhões de humanos, animais e plantas nascem e morrem, morte e vida se entrelaçam, mas longe de ser um fim, a morte é apenas uma etapa. Olhe para você, de que você é feito. Ora somos em muito o que comemos, e tudo o que se come vem da terra, a mesma terra em que um dia você será decomposto. Você é formado pelo que um dia foi outro humano, um animal. Banha-se com a mesma água que um dia dinossauros se banharam pois a água é reciclada através de seu ciclo. A morte semeando a vida.
Nosso universo é regido por leis, descobrilas e entendelas é entender o universo, nos entendermos. As leis da termodinâmica determinam a vida e a morte como conhecemos, dos pequenos homens as grandes estrelas. Assim como nos, um dia o sol morrera, quando o combustível solar, estiver perto de acabar, o sol crescerá exorbitantemente chegando a englobar todo o sistema solar inferior e implodira, do antigo sol restara apenas um tipo de caroço estelar, muito denso chamado de anã branca, a implosão resultara em uma nebulosa estelar que espalhara pelo universo as moléculas da vida. A morte semeando a vida.
 O período de vida humano é uma fração de segundo no tempo cósmico, ter consciência disso e da mortalidade faz da jornada pela vida uma passagem mais plena, jornada essa em que criamos os deuses e lhes demos o que mais almejamos, a ambrosia, a imortalidade, mas se os deuses estão ate agora entre-nos, mesmo sendo na forma de mitos, mesmo não sendo imortais como os deuses podemos desafiar o tempo como raça humana.

Nada como voar



Existe algo dentro de você que te impeli para o desconhecido, para longe. Você olha para o céu e sente uma sensação que não sabe dizer ao certo o que seja, algo como um maravilhamento e uma voz suave sussurrando no seu ouvido te chamando , é o vento batendo contra o seu rosto, e a infinitude te acalma, ela te desafia, alias é mais que um desafio, é um chamado, um chamado para voar.
As pessoas não compreendem, dizem que é loucura, vão seguindo a receita da vida normal, quem delas poderia dizer o que é a vida afinal? seguem o comum, como se fosse antinatural sonhar, ousar. Loucura é deixar que lhe digam o que vale apena, que um amor é coisa pequena, que um sonho é uma ilusão. E no meio de tudo você nada contra a correnteza.
Eu espero que você não desista, que não se junte a esse bando de loucos, porque você sabe, você sente. Existe algo dentro de você que te impeli para o desconhecido, para longe. Você olha para o céu, a algo maravilhoso lá, você não precisa ver, ouvir, ou tocar para sentir, não é algo físico, é mais que isso. Feche os olhos e deixe o vento bater contra o seu rosto, abra suas asas. Nada como voar.